sexta-feira, 20 de junho de 2008

Não basta ver

"E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus.
E todo o provo, vendo isto, dava louvores a Deus." (Lucas, 18:43)

A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do Evangelho.

O enfermo de boa vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no Divino Poder.

A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. Quase todos os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhes são peculiares, sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.

Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons, raríssimos são os que lhe seguem os passos do mundo.

Daí procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contato com a fé.

Em razão disso, a Terra está repleta dos que crêem e descrêem, estudam e não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabaem, confiam e duvidam.

Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.

O que, porém recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será redimido.

É obvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.

Chico Xavier - Emannuel
Vinha de Luz

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